Revista Cult nº 189 |
Na estreia, a seção traz um poema de Emily Dickinson (1830-1886) traduzido por Augusto de Campos: My life had stood ̶ a loaded gun. Não é a primeira vez que esse poema surge em nosso idioma. Pelo que sei, o paraibano José Lira o incluiu em Alguns poemas (São Paulo: Iluminuras, 2006). E o gaúcho Ivo Bender, em Poemas escolhidos (Porto Alegre: L&PM, 2011).
Como os três tradutores trabalharam a primeira estrofe desse enigmático poema? E que outra possibilidade ainda teríamos além dessas três versões? Que a nova seção da Cult tenha longa vida!
My Life had stood – a Loaded Gun –
In Corners – till a Day
The Owner passed – identified –
And carried Me away –
Tradução de Augusto dos Campos
A minha Vida era uma – Arma –
À Espreita – até que um Dia
Passou o Dono – e Me levou
Em sua companhia –
Tradução de José Lira
Minha Vida era uma Arma Carregada –
Nos cantos – um dia passou
O Proprietário – identificou-me –
Com Ele me levou –
Tradução de Ivo Bender
Minha vida, uma arma carregada,
Ficou pelos cantos até o dia
Em que o dono passou, e, ao reconhecer-me,
Levou-me dali consigo.
Tradução de Gabriel Perissé
Minha Vida era – uma Arma Carregada –
Encurralada pelos Cantos – um belo Dia
O Dono passou – me reconheceu –
E para muito longe Me levou –
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